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Revista Meus Peixes
Matéria - Montando seu primeiro plantado de A a Z
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Matéria - Montando seu primeiro plantado de A a Z
Introdução:
Ah! Um aquário plantado! Quem não admira estas verdadeiras obras de arte?
O aquário plantado, hoje em dia, é moda entre grande parte dos aquaristas devido à beleza e paz transmitida. Aquários plantados são tanques que se enquadram com equipamentos e parâmetros físico-químicos para o desenvolvimento das plantas, mas nada impede de mantermos em harmonia espécies de peixes e plantas, desde que compatíveis.
Para isso devemos desmistificar alguns conceitos, que sempre são seguidos até atingir seu ápice e muitas vezes melhorados. Para se ter um belo tanque plantado, não basta inserir plantas no tanque e depois ficar se perguntando o porque não se desenvolvem ou trocando a cada vez que elas morrem. Devemos seguir algumas regras para o sucesso a qual vamos esclarecer de modo simples e objetivo neste artigo.
Notem que ao longo do artigo, existe uma enorme diferença entre aquário plantado e "aquário com plantas".
Escolhendo o aquário:
Tamanho não é documento!
Existe uma infinidade de tamanhos de tanques a escolher, para a montagem de um aquário plantado. Lembrando sempre que pequenos tanques (os famosos "Nanos") são mais instáveis e difíceis de serem mantidos que tanques maiores. O tamanho do tanque muitas vezes depende da disponibilidade financeira e o espaço que temos em casa. Em geral entre 50L a 200L já permite uma boa montagem sem gastos financeiramente maiores, mas claro que quanto maior o tanque, melhor.
Existem inúmeros tamanhos e formas, sendo os mais indicados aquários retangulares (mais compridos que altos) ou cubos (aquários quadrados). Sempre opte por aquários não muito alto (no máximo 50cm de altura), já que freqüentemente se usa lâmpada fluorescente tubular, podendo as plantas, mais baixas sentir falta de luz, caso o aquário seja muito alto. Se desejar um aquário acima de 50cm de altura, é altamente indicado usar lâmpadas VHO ou HQI que suprirão a necessidade luminosa de seu tanque.
Recomendado o uso de um bom termostato, para manter a temperatura estável, em geral a regra é usar 1W/L, ou seja, se tens um tanque de 200L, um bom termostato de 200W dará conta do recado. Oscilações acima de 2ºC diário, prejudica as plantas interferindo em seu metabolismo (peixes idem).
A água:
99% dos aquaristas usam água de torneira, devemos nos precaver de alguns cuidados básicos como Cloro, Metais pesados, Fosfatos. Use sempre um bom condicionador de água (ex. Aquasafe), para eliminar tais substâncias.
Notem que a água usada em aquários plantados não é diferente de aquários comunitários sem plantas, não há nada em geral para abordar mais detalhadamente. Em geral plantas vivem bem em pH levemente ácido ou levemente alcalino (6.5 a 7.5) com dureza baixa ou média e temperaturas entre 25º a 29º. É indispensável o uso de condicionadores, além de ser sempre bom ter em mãos testes de pH, KH, GH e fosfatos.
Filtros:
De primeira: Se você usa o famoso FBF (fundo biológico de fundo, sim aquelas plaquetas pretas que ficam abaixo do cascalho), descarte o uso deste tipo de filtro, pois aquários com este sistema prejudica o crescimento das raízes e nos limita e muito no uso de substratos fertilizantes para as plantas.
As melhores opções são os filtros externos HangOn(aqueles que ficam pendurado nas bordas do vidro) e filtros tipo Canister. Os primeiros levam vantagem por não custarem tanto e cumprem bem seu papel, já o Canister são os mais indicados, por inúmeros ótimos motivos, embora dependendo da marca, o preço poderá ser proibitivo.
Filtros Dry-Wet e Sumps devem ser evitados, por removerem muito CO2 da água conforme vamos ver logo abaixo. O dimensionamento da filtragem é que ela deva circular em média 5X o volume total do aquário por hora.
Sempre que optar por filtros externos, evite que este cause um forte fluxo de água no aquário causando desperdício de CO2, que é essencial para as plantas. Sempre deixe a coluna d' água bem rente à caída da água dos filtros. Deverá possuir uma excelente filtagem biológica e mecânica (leia artigo sobre filtros para melhor compreenssão).
Iluminação, CO2 e fertilizantes:
Antes de abordarmos os tópicos abaixo, tenha sempre em mente que um aquário plantado, tem como base três elementos essenciais: Iluminação; CO2; Fertilização. Funciona como uma pirâmide, na falta de um destes três elementos vitais, podemos não ter sucesso.
Iluminação: O fator determinante para o sucesso de um aquário plantado.
Em geral usa-se a "velha" regra de 0.5W/L a 1W/L, variando a exigência das plantas escolhidas. Um período de 10-12 horas diárias é mais que o suficiente para o bom desenvolvimento das plantas, sempre use um timmer para tal controle.
As instalações das lâmpadas podem ser feitas dentro da própria tampa de madeira, calhas ou suspensas acima do aquário. As lâmpadas mais usadas certamente são as fluorescente tubular luz do dia 6500K (luz branca), 10000K (luz branca de alto brilho) e lâmpadas próprias para plantados como a Grolux (Sylvania - tom rosado), Aquastar (Sylvania - 10000K), Thrichromatic (Coralife - 6500K), Aqua-glo (Hagen - 18000K - tom rosado), Power-glo (Hagen - 18000K tom azulado). Há ainda as opções das HQI e VHO que suprem bem a necessidade luminosa das plantas. Vantagem para as HQI e em segundo plano a VHO, embora as comuns tubulares fluorescentes ou PL (aquelas compactas) também são opções viáveis. Não use lâmpadas incandescente, será apenas "enfeite", lhe causará dor de cabeça com algas, além de esteticamente ser horrível!
Podemos usar um misto destas lâmpadas para efeito estético e de acordo com a exigência das plantas, ou seja, variando luz do dia com lâmpadas rosadas ou ainda HQI ou VHO com algumas PL ou tubulares, dependendo da necessidade de seu aquário.
A Luz rosada são as mais indicadas para o crescimento vertical das plantas e dão um contraste muito bonito na coloração dos peixes e plantas, destacando as cores quentes dos peixes.
A luz branca (6500K - 10000K) ajuda no desenvolvimento das plantas e dá um brilho maior no aquário, muitas vezes são usadas juntamente com lâmpadas rosadas para quebrar o aspecto "vermelho", que estas lâmpadas causam, parecendo mais uma boate, que nem sempre é apreciado esteticamente pelos aquaristas
A luz azul ou Actínicas, apesar de não influenciar diretamente no desenvolvimento das plantas como as lâmpadas citadas acima, dão um colorido especial em aquários plantados, principalmente na coloração dos peixes, em geral ajudam no desenvolvimento de plantas menos exigentes.
HQI, embora seu preço no Brasil ainda elevado, são ótimas para plantados. É muito usada em aquário marinho de corais e podem ser usadas em aquários plantados, sem maiores problemas. Procure sempre HQI que possua 6.500k para cima. O alto investimento inicial acaba valendo a médio prazo, já que se recomenda trocar este tipo de lâmpadas após um ano e meio ou pouco mais, ao contrários das tubulares ou PL que devem ser trocadas a cada 6 meses a 1 ano.
Nota-se que existem inúmeras lâmpadas que podem ser usadas, variando desde as baratas lâmpadas “luz do dia”, até as mais caras e sofisticadas Grolux / Aqua-glo / VHO-HQI, o que irá determinar é o nível de exigência de sua flora. (veja em plantas logo abaixo).
O que devemos fazer é mesclar as lâmpadas, no sentido de homogeneizar diferentes faixas de espectro luminoso. Luz rosada faz a planta crescer na vertical, luz branca (6.500k - 10.000k) servirá de apoio, além de dar um brilho maior e lâmpadas azuladas (50/50) fazem as plantas crescerem transversalmente.
Abaixo uma tabela para se ter uma base com relação aos Kelvins.
Nota: Não confundir Kelvins com lumens, Kelvin indica a temperatura de cor da lâmpada como podemos ver abaixo: Ou a luz é quente ou fria, mas não estamos referindo a maior ou menor quantidade de calor dissipado pela lâmpada, mas sim ao tom de cor que ele dá ao ambiente. Luz quente se refere ao tom mais avermelhado, em torno de 2700k. Já a luz fria se refere ao tom mais claro do amarelo ao branco, em torno de 7.000K ou mais. Enquanto o sol brilha, temos tonalidade fria, cor similar as lâmpadas entre 6.500k a 10.000k.
Sempre que possível, deixe o aquário sem as tampas de vidro, para melhor penetração da luz para plantas mais baixas, desde que não possua peixes saltadores/suicidas. Em geral é recomendado a troca das lâmpadas a cada 1 ano no máximo (exceto HQI e VHO), pois tendem a perder o rendimento após 6 meses de vida, embora permaneçam funcionando, sua luminosidade cai drasticamente após 6 meses de uso.
Quando optar pela troca, nunca troque todas de uma só vez! Siga um cronograma!
Se por exemplo possui 3 lâmpadas "luz do dia" e 3 Grolux, troque primeiro metade e após um ou dois meses, troque a outra metade. Ou ainda faça um rodízio a cada seis meses, trocando metade e no próximo semestre a outra metade e assim por diante. Se trocar todas de uma só vez, poderá ter sérios problemas com algas verdes.
Dica: Evite deixar seu tanque próximo a janelas ou onde há exposição em excesso à luz solar direta, para evitar algas verdes (água verde).
CO2: Fundamental no crescimento de plantas exigentes, se trata do básico para realizarem a fotossíntese. O CO2 é obtido através da respiração dos peixes, plantas, bactérias e injetores de CO2. Dependendo das plantas que possuir, seu aquário poderá ter uma quantidade natural suficiente para o desenvolvimento das plantas, não sendo necessário injetar CO2 na água. Já se suas plantas ficam estagnadas e não crescem, será necessário aumentar a quantidade de CO2 dissolvida no aquário artificialmente.
Mas como injetar?
O melhor a se fazer é investir em um bom injetor comercial (prepare seu bol$o), por ser mais confiável e sofisticado, mas se a situação financeira não ajuda, há a opção criativa e barata, o injetor de CO2 caseiro.
Basicamente este injetor caseiro nada mais é que a mistura de fermento biológico com açúcar, dissolvidos em uma garrafa plástica. A grosso modo, o fermento consome o açúcar e vai produzindo CO2, que é injetado no aquário através de um cano de escape ligado a pedra porosa ou difusor, liberando CO2 diretamente na água.
Sempre atente quando for injetar CO2 em seu aquário, ele tenderá a baixar (e muito) o pH de sua água, onde nem sempre o pH muito ácido, é bem vindo para determinadas plantas e principalmente peixes. Em geral se obtivermos um KH médio, com pH entre 6.0 a 7.6 (dependendo da exigência de seus peixes/plantas), será bem aceito para a maioria dos seres vivos de seu tanque. Caso tenha dúvidas sobre DH (dureza carbonatada), GH (dureza geral) e pH, lhe recomendo ler artigos que acerca sobre este assunto, para evitar dores de cabeça futuramente, pois o pH está ligado intimamente com o DH e GH.
Existem controvérsias sobre o uso do injetor de CO2 ao apagarmos as luzes, pois, as plantas não efetuam a aclamada fotossíntese neste período, dispersando muito CO2 na água, fazendo com que o pH despenque drasticamente, o que poderá virar uma catástrofe para os peixes, esta oscilação de pH.
O que indico neste caso, que é se termos o controle do uso do injetor e o aquário for de médio/grande porte, não devemos atentar tanto neste quesito. Se possuir aquários pequenos (abaixo de 100L), evite o uso do injetor durante a noite, pois estas oscilações poderão ser maiores, desequilibrando o sistema.
Lembre-se: O uso de CO2 não irá prejudicar seus peixes (desde que não injete em excesso). Pelo contrário do que se pensa, as plantas realizando a fotossíntese usam o CO2, expelindo O2, que será consumido pelos peixes, que em decorrência, liberarão CO2 novamente.
Fertilização: Nutrientes são de extrema importância para as plantas se desenvolverem eficazmente. Assim como qualquer ser vivo, plantas precisam de nutrientes para executar suas funções básicas. Os principais nutrientes absorvidos pelas plantas são: Ferro, Sulfato de Potássio, Cálcio, Cobre, Zinco, Boro, Molibdenio, Nitrato de potássio, Magnésio, entre outros.
Se resumem em três letras que já deve ter visto por aí: NPK (N= Nitrogênio, P= Fósforo, K= Potássio). São simplesmente elementos que toda e qualquer planta necessita em maior quantidade para sua sobrevivência. Mas espere! Não vá pensando em ir a floricultura mais próxima e comprar estes elementos adicionando em seu tanque! Dosagens elevadas entre outros fatores, intoxica peixes e plantas! Cuidado!
A ração e os dejetos dos peixes fornecem tais nutrientes na forma de amônia, nitratos e fosfatos. Outro ponto positivo para ter plantas sem seu aquário e largar de vez suas artificiais, pois plantas ajudam na “limpeza” da água se alimentando deste elementos (nitrato, amônia e fosfato) que em excesso intoxica a água sendo uma boa porta de entrada para algas. Tais elementos ainda podem ser adicionados caso haja necessidade, mas nunca use fertilizantes para plantas comuns, pois sua dosagem é bem mais elevada. Boa parte das plantas preferem amônia e outras usam o final do ciclo do nitrogênio (nitrato) para seu consumo, sendo que a amônia requer menos energia em seu consumo e o nitrato maior gasto.ementos traços ou micro-nutrientes (oligoelementos):
São elementos também usados pelas plantas, mas em quantidades bem inferiores. Aqui se enquadra o estudo de sua parte o porque de sua planta favorita não se desenvolve. Algumas exigem nutrientes X e Y a mais, que aquela planta que está te deixando louco de tanto ter que podá-la. Entre os principais elementos traços estão o enxofre, cálcio, fósforo, magnésio, ferro e boro.
Normalmente o enxofre, cálcio e magnésio se encontram na água de torneira e variando de região para região, em níveis mais elevados ou menores. Água com baixa dureza (< 4) geralmente apresenta carência de tais elementos.
Quantidade de fósforos se baseia em níveis de fosfatos e seu nível nunca deverá ser superior a 2ppm. Baseia-se ainda que se teu nível de nitrato esteja correto, o de fosfato também o estará adequado.
Já o ferro também geralmente vem na água de torneira, mas em estado iônico, oxidando rapidamente e não sendo aproveitado pelas plantas. Para tanto, usa- se a famosa plinita (laterita) ou adição líquida deste elemento sendo que seu nível deverá ser sempre inferior a 2ppm.
Outros micros nutrientes também são usados pelas plantas, onde geralmente estão inclusos parcialmente nas rações, que fornecemos aos peixes, ou mesmo através de adição específica de tal elemento. Apenas atente que são necessários em quantidades muito pequenas e qualquer excesso é uma brecha para o surgimento de algas ou até mesma intoxicação de plantas e peixes, portanto, nunca exceda no uso pensando que sua planta vai "bombar" rapidamente.fruir todos elementos traços sem desestabilizar o aquário?
Existem duas formas: Através de adição de fertilizante líquido ou a melhor das formas, ter um substrato rico em nutrientes. O primeiro como o nome sugere, é um líquido composto por inúmeros elementos traços, que deve ser adicionado diretamente na água, periodicamente. Já o substrato fértil também é composto de tais elementos através do uso de substratos comerciais, húmus de minhoca ou terra vegetal. Muito cuidado na qualidade e procedência da terra vegetal ou húmus.
Montando o substrato fértil:
Existem dois métodos, o primeiro menos trabalhoso e mais caro, seria usar substratos comerciais (Eco Planted e afins). Estes apesar do valor elevado compensam a médio/longo prazo o alto investimento inicial. Basta apenas adicionar o substrato, encher o tanque e plantar. Se preferir ainda, poderá usar uma leve camada isolante de cascalho fino ou areia por cima.
Outro método financeiramente mais viável, porém, mais trabalhoso, seria o uso do já famoso Húmus de minhoca em parceria com a Laterita (plinita). O húmus possui uma alta carga biológica e material orgânico, é rico em macroelementos como Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Ferro, Manganês, Zinco e Cobre. Já a laterita possui uma excelente carga de Ferro e Alumínio, muito apreciado pelas plantas.
Mas antes de inserir o Húmus, você deverá tratá-lo para retirar impurezas que poderão lhe causar transtornos futuramente, podendo até condenar a montagem do tanque (veja como tratar Húmus em outros artigos) e sempre use Húmus de marcas confiáveis. Em geral, 2Kg de Húmus e 1 Kg de Laterita para cada 50L já é o suficiente.
Inserido o Húmus e Laterita, é hora de isolá-los com cascalho fino ou areia. Este isolamento deverá ser alto, entre 6cm a 10cm, para evitar uma possível dispersão dos nutrientes na coluna d' água. Excesso de nutrientes na água causará o surgimento das indesejáveis algas, pois as plantas não irão consumir tudo, sobrando para as algas que irão se proliferar assustadoramente, alem de poder turvar a água, a deixando com aspecto negativo.
Estilos de plantados e layouts:
Gosto não se discute! O aquário é a cara do dono! Portanto de nada adianta definirmos o layout e seguir todas suas regras, se não estamos satisfeitos com o resultado final, portanto, se o aquário lhe agrada, não se importe com críticas negativas. Se o layout o atrai, esqueça opiniões alheias. Críticas construtivas sempre serão bem vindas, negativas sem sentido, ignore!
E tenha sempre em mente: De nada adianta definirmos artisticamente o layout e seguir todas suas regras, se plantas não forem saudáveis ou ter algas espalhadas pelo aquário, ocasionando uma visão negativa da obra, ou os peixes estarem com a saúde precária. Todos este conjunto de fatores conta mais até mesmo que a "beleza" de seu layout.
Entende-se por layout ou estilo/tipo da montagem do aquário, a forma que este é montado com a colocação de plantas, troncos, pedras e enfeites. Cada estilo possui suas regras e particularidades. Abaixo, os estilos mais empregados, entenda-se composição básica de layouts e não dicas de paisagismo:
Aquário Holandês: São denominados Holandeses (sim, foram eles que definiram este estilo), aquários que tem ênfase principalmente nas plantas, deixando os peixes em segundo plano. Usa-se muitas plantas (densamente plantado) para compor o layout. Neste estilo, planta-se uma vez e lá permanecerão por muito tempo. A medida que as plantas vão crescendo vão aumentando a frente do aquário para o fundo, onde efetuam podas, deixando no melhor estilo dos jardins holandeses. Normalmente em suas montagens, plantas semelhantes no formato e coloração nunca são plantadas próximas uma das outras. Como dito, a inspiração deste tipo de montagem vem dos jardins holandeses e suas inúmeras cores de plantas.
Nature: Este estilo é mais "difícil" de se montar, devido seus espectadores focalizarem muitos aspectos diferentes da natureza. Em geral as técnicas empregadas neste estilo é deixar o layout no estado mais natural possível, usando a própria natureza como fonte de inspiração. A montagem deste estilo se baseia em muitas plantas, com troncos e pedras na decoração. Notem que geralmente nunca se vê o substrato nestas montagens, onde este é composto por longo e bonito carpete de plantas baixas. Usa-se muitas técnicas de madeiragismo e pedragismo na composição deste estilo. Takashi Amano é o maior mestre neste estilo.
Triangulares: Não, não entenda que o formato do vidro é triangular!
Triangular é o estilo de como é feito a montagem com as plantas dentro do aquário. Focalizando o meio do aquário, coloca-se plantas baixas a esquerda ou direita em uma metade. Na outra metade vai acrescentando plantas baixas e aumentando-as gradativamente até se formar um layout em forma de triangulo. Imagine um esquadro de 45º ou 60º.
Formato U: Planta-se densamente as laterais do aquário (esquerda e direita) deixando a região ao centro vazio (nunca exatamente no centro). Este formato reproduz uma trilha ou meio do rio com a cada margem a seu lado. Elementos decorativos como troncos e pedras também se encontram nas duas laterais.
Formato Ilha: Entende-se ilha porque somente plantamos no centro do aquário, deixando as laterais livres ou com plantas rasteira. Usa-se muito troncos e pedras no centro do aquário virando o foco principal da montagem, e a sua volta muitas plantas, passando a impressão de uma ilha.
Temático/Biótipo: Apesar de empregado erroneamente como biótipo. Aquários temáticos nada mais é do que a montagem baseado em uma determinada região ou mesmo um pequeno trecho de um rio ou lago, obedecendo fielmente a flora, fauna, decoração e condições físico-químicas da água da região escolhida. Ex. Temático Amazônico, Temático Rio Negro, Mangue, etc.
Dica: Ouve-se muito falar em hardscaping e sofscaping.
Hardscaping: Todo material “não vivo” dentro do tanque como troncos, pedras, substrato.
Softscaping: Todo material vivo dentro do tanque como corais, peixes, plantas.
Troncos e pedras em aquários:
Nada como escolher bons troncos e pedras para serem usados em tanques plantados. Muitos formatos, cada um com sua particularidade. Pedragismo e madeiragismo são muito usados em aquários nature ou mesmo em tanques plantados sem um estilo definido. Mas que tipo de tronco e pedra usar? Qual o melhor?
Em geral, há inúmeros tipos de madeiras a serem usadas, sendo o mais indicado o troncos de aroeira, por não apodrecer rapidamente em contato com a água e por ter geralmente uma densidade ideal para afundar. Podemos adquirir belos troncos em lojas de aquarismo ou mesmo coletarmos os nossos. Este segundo caso requer um pouco mais de observação, não é qualquer tronco de madeira que poderemos inserir em nossos tanques, alguns podem vir a liberar toxinas que em contato com a água, poderá gerar problemas.
Caso opte em coletar seu tronco, note se ele apresenta um aspecto bem sólido, confiável e que não esteja se dissolvendo (decomposição) e antes de inseri-lo no aquário, trate-o em água corrente e aquecimento/fervura (nunca use produtos químicos!) para evitar transtornos futuros.
Lembre-se que troncos em geral tendem a acidificar a água e liberará ácidos húmicos na água, deixando a água levemente cor de chá, onde nem sempre será muito apreciado pelos aquaristas esteticamente. Peixes Amazônicos (Discos, Apistogrammas, etc) apreciam e muito este tipo de água.
Pedras também deverão ser bem escolhidas, para não alterarem a química da água, algumas tendem a alcalinizar e endurecer a água e nunca acidifica-la como sugere alguns aquaristas, ou seja, ou são neutras ou tendem a alcalinidade.
As pedras mais comuns que tendem a tal alcalinidade: Calcáreas (ex. mármore), Dolomita, Basalto, Halimeda, Conchas, etc.
Levando em consideração que grande maioria de peixes compatíveis com plantas tende a serem de água ácida, evite o uso de pedras que alteram o pH e dureza da água, opte por pedras neutras. Ainda com relação ao Pedragismo e madeiragismo, recomendo a observar montagens e suas colocações, e claro, ler sobre paisagismo.
Olhe e estude muitas fotos de aquários plantados profissionais e repare na colocação dos troncos e plantas.
Plantas:
Executado todo o processo de montagem do tanque, é hora de plantar!
Inicialmente é altamente recomendado plantar tudo que possuir, quanto mais plantas inicialmente (principalmente plantas de crescimento rápido), melhor ficará, menos propício a perde-las e poderá de quebra evitar o surgimento das indesejáveis algas. Inevitavelmente, de início sempre há o surgimento de algas e tendo muitas plantas para consumir nutrientes e rivalizar com as temidas algas, fica mais fácil o controle. É um tremendo erro montar o tanque “pelado” e ir plantando aos poucos.
Mas antes de ir inserindo inúmeras plantas por todo o aquário, é preciso conhecer ao menos suas exigências e disposição de crescimento. Em geral plantas baixas devem ser inseridas na frente, medianas no centro ou laterais e plantas altas atrás.
Algumas poucas sugestões de plantas conforme seu crescimento e zona:
- Plantas de frente: Echinodorus tenellus, Eleocharis minima, Glossostigma elatinoides, Hemianthus callitrichoides, Lilaeopsis brasiliensis, Riccia fluitans, Sagittaria subulata.
- Plantas de meio: Aponogeton crispus, Bacopa caroliniana, Didiplis diandra, Echinodorus sp., Hygrophlla sp., Ludwigia em geral, Rotala em geral.
- Plantas de fundo: Cabomba sp., Eusteralis stellata, Hygrophila sp., Rotala em geral, Vallinesria spiralis.
- Superfície: Lemna minor, Pistia stratiotes, Salvinia cucullata, Eichhornia crassipes.
Como sempre mencionado ao longo do texto, algumas plantas são mais exigentes que outras em diversos quesitos. Em inúmeras vezes sofre baixas pela falta ou excesso de nutrientes, condições de água inadequada a determinada espécie. Raramente adoecem por doenças causadas por vírus, bactérias e afins. Como podem notar, existem princípios básicos a serem adotados para o bom desenvolvimento delas. Algumas causas mais comuns encontradas para o não desenvolvimento (Sim, porque elas também ficam doentes!):
- Excesso de Fe: Plantas com pintas pretas em excesso em suas folhas.
- Falta de Fe: Planta não se desenvolve, folhas com aparência fraca e sem vida.
- Falta de iluminação: Plantas com crescimento apenas na horizontal, raramente na vertical, folhas muito longe entre uma e outra.
- Falta de CO2: Planta não adoece e nem se desenvolve.
- Desequilibro biológico: Plantas sem aspecto bonito, cores opacas, desenvolvimento lento.
- Folhas furadas: Peixes a agredindo ou caramujos.
Definindo a fauna do plantado:
Nunca superpovoe um plantado! Só trará malefícios!
Peixes e plantas podem viver juntos sem problemas, desde que haja compatibilidade entre ambos. Existem inúmeras opções, ficando a critério e gosto de cada aquarista, porem algumas noções básicas são bem vindas, como evitar povoá-lo com peixes estritamente herbívoros ou peixes que freqüentemente bagunça ou revira o substrato (ex. Oscar, Kinguio e Carpa).
Existem peixes como Bandeiras e Discos, por exemplo, que tem como alimentação a base vegetal e animal, uma boa alimentação balanceada de ambos, fará que eles não devorem suas plantas.
Em geral opte por peixes cardumeiros de pequeno porte como os pequenos Caracídeos, ou mesmo peixes de pequeno/médio porte como os Ciclídeos Americanos ou Asiáticos (existem inúmeras espécies compatíveis).
Algumas várias opções viáveis: Apistogrammas em geral, Brachygobius xanthozona, Pterophyllum scalare, Symphysodon sp., Dermogenys pusillus, Betta splendens, Gasteropelecus sternicla, Bótias, Acanthophthalmus kuhlli, Copella nattereri, Hyphessobrycon amandae, Labeos, Hyphessobrycon eques, Hemigrammus rhodostomus, Hyphessobrycon erythrostigma, Trichogaster trichopterus, Nannostomus trifasciatus. , diversos exemplares da família Melanotaeniidae (ex. famosos peixes Arco-Iris/Melano), Barbos em geral, Colisas, Coridoras, Killies, Rásboras, Neons, Tetras em geral.
Muitos usam obrigatóriamente em suas montagens Ciclídeos Anões como: Apistogrammas (Ex. Cacatuoides, Borelli, Pulchra), Laetacara curviceps, Pelvicachromis pulcher, Microgeophagus altispinosa, Microgeophagus ramirezi, Dicrossus filamentosus, etc. Ou mesmo um belo cardume de Rodostomus, Neons ou outros pequenos caracídeos, são peixes quase obrigatórios em plantados.
Dica: Em aquários plantados é muito comum o uso de Algae Eaters (peixes comedores de algas), Limpa-vidro e Cascudos, em geral desempenham um bom trabalho ajudando no combate a algas, mas não fazem milagres!
Alguns bons algueiros, cada um com sua particularidade: Ancistrus sp., Gyrinocheilus aymonieri, Crossocheilus siamensis, Epalzeorhynchus bicolor, Otocinclus sp., Poecilia latipinna, Epalzorhynchus kalopterus, Crosscheilus latius.
Ampulárias em geral, tambêm dão uma força no combate a algas
Algas:
Quem nunca teve algas em seu plantado, que atire a primeira pedra!
É inevitável o surgimento de algas em montagens de aquários plantados, principalmente inicialmente a montagem do tanque, por mais cuidados que se tenha.
Algas são terríveis quando não controlado seu crescimento, onde muitas vezes elas passam a ser o verdadeiro terror de nossos plantados, sufocando plantas, impedindo a penetração de luz, etc.
Para controlá-las, devemos primeiramente saber o fator para o surgimento e tomar providencias no sentido de erradicar o mal pela raiz. Abaixo alguns tipos de algas mais comuns:
- Algas Verdes: Estão entre as mais comuns em plantados. Unicelulares, se reproduzem de uma forma tão rápida podendo deixar a água com aspecto verde. Seu aparecimento pode ser causado por excesso de luz ou quando o tanque fica exposto a luz solar. Filtros UV, trocas parciais e o uso de help filters ajudam no controle. Este tipo de água é muito usado no cultivo de dáfnias outros micro-vermes.
- Algas Filamentosas: Geralmente se fixam em plantas podendo chegar a ponto de mata-las sufocadas. Sua aparência é similar a um monte de “pelos verdes” sobre o local atingido. Quando fixadas em pedras e troncos, podem dar um contraste ornamental interessante, desde que saiba controlá-las. Excesso de Fe na coluna d´água poderá ser um dos indicadores pelo seu surgimento. Trocas parciais freqüentes, diminuir a iluminação e podas das folhas atingidas são bem vindos ao controle.
- Algas marrons / rodófitas: Também estão entre as mais comuns, principalmente em montagens novas. São pontos marrons ou ferrugem, se espalham por todo o tanque (plantas, decoração, substrato, vidro) devido a insuficiência de luz. Aumentar a iluminação, bem como peixes algueiros ajudam na eliminação. Em tanques novos costumam aparecer devido ao alto número de silicatos, que são eliminados com o tempo através de trocas parciais.
- Algas azuis / cianobactérias: Crescem em camadas e se espalham rapidamente por todo o tanque formando camadas gordurosas azul/verdes, causando um mau cheiro intenso. Em geral, indica má qualidade da água ou índices de nitrato muito baixo. Estas algas na verdade se tratam de cianobactérias. Poderão ser manualmente removidas aliado a trocas parciais freqüentes em longo prazo, comedores de algas ajudam no trabalho. De nada adiantará se tentar remove-las, se teu tanque não estiver com a saúde em dia. Alguns aquaristas usam medicamentos para sua eliminação, mas este deverá ser usado com cautela.
- Green Spot / Pontos verdes: Normalmente crescem pontos com coloração verde nos vidros (ou mesmo em plantas) em forma circular (pequenos pontos). Em geral indicam que seu tanque poderá estar com boa saúde. Remoção manual é o mais indicado.
- Algas algodão: Normalmente crescem nas folhas em formato de pequenos fios. Controlado facilmente através de peixes algueiros.
- Algas petecas: Em geral crescem sobre as folhas/troncos em formato de tufos negros/verdes. São talvez os tipos de algas entre as mais temidas, devido a sua remoção ser trabalhosa. Deve-se remover as folhas afetadas e efetuar o controle através de trocas parciais e raspagens manual. Uma medida das mais drásticas seria obter a eliminação destas através da inserção de cobre ou água oxigenada.
Notem que existem inúmeros tipos de algas e muitas vezes suas causas são por descuido do aquarista ou mesmo alguns tipos se torna inevitável o surgimento. Existe uma máxima que sempre deverá ser lembrada: “Um grama de prevenção, vale um kilo de cura”. Portanto seguindo algumas regras básicas, dificilmente terá problemas com as indesejáveis algas. Algumas dicas:
Meios comum de controle (algas):
Trocas parciais regulares: Mudanças regulares de água resulta na redução de nutrientes necessitados pelas algas, além de manter o tanque em condições superiores assegurando que seus peixes e plantas possuem água limpa. É talvez o maior aliado do aquarista no controle de algas. Apenas atente a sua água de torneira que poderá vir com excesso de algum elemento onde deverá ser contido antes de entrar em nossos tanques (ex. níveis alto de fosfato/nitrato).
Redução no período de iluminação: O famoso “apagão”. Tentativas de diminuir o período fotossintético é um bom aliado no controle e eliminação de algas. Em geral entre 8-10h é o ideal para deixarmos a iluminação ligada. Em épocas de “apagão” este período deverá ser diminuído gradativamente entre 4-6 horas até que a tendência melhore ou mesmo deixar as luzes do tanque apagadas por 48h apenas tomando cuidado para os peixes não ficarem totalmente no escuro, pois associam o apagar das luzes como "hora de dormir", neste caso use a iluminação externa do próprio ambiente onde se encontra o aquário durante o período de "apagão".
Plantas: Plantas consideradas de crescimento rápido ajudam na prevenção de algas, já que consomem bastante elementos vitais para a prosperarão de algas. Terá uma competição saudável entre plantas X algas pelo consumo dos nutrientes, onde estes tipos de plantas dão uma bela ajuda. Há a opção ainda de se usar um filtro externo composto por plantas que ajudam no controle dos nutrientes.
Redução alimentar: Reduza por determinado período a alimentação de seus peixe pela metade e sempre forneça rações de excelente qualidade, evitando assim problemas com altos níveis de fosfatos.
Peixes comedores de algas: Use peixes considerados comedores de algas (algae eaters) como Cascudos, Ottos, CAC e CAS. Dão uma boa ajuda se alimentando de determinadas algas, onde você deverá atentar apenas as suas preferências com determinadas algas.
Química: Amado por alguns, temido e banido por outros. O uso de química no controle de algas dá uma bela discussão que no final pendura a dúvida de iniciantes: Usar ou não algicidas ?
Em meu ponto de vista pessoal, curto e grosso: Sim e não...
Algas como as verdes, filamentosas, marrons, entre outras não necessitam do uso de algicidas para seu controle devido ser simples as alternativas que possuímos no combate. Já algas mais "chatas" como as famosas Cianos ou Petecas, o uso moderado poderá ser um belo aliado. Mas já adianto que de nada adianta lotarmos nosso tanque de química para ajudar no controle, se a manutenção do tanque não está em dia. Alguns pouquíssimos algicidas vendidos (não perguntem marcas, procurem informações) são eficazes, já a grande maioria é dinheiro jogado fora, correndo o risco ainda de intoxicar suas plantas e peixes se não for usado com moderação (atente a sua composição, algumas delas poderá ser vital para peixes, principalmente peixes de fundo) e sempre siga a risca a bula.
Filtro UV: Excelente aliado, principalmente contra algas verdes em suspensão. Elimina eficazmente os póros de algas, além de ajudar na prevenção de algumas doenças, já que elimina alguns parasitas e bactérias se usado de forma estelerizante (fluxo de água baixo). Único inconveniente tange no uso excessivo, já que poderá oxidar alguns oligoelementos necessários as plantas, limitando seu crescimento. Em alguns casos, o uso direto não afeta diretamente o crescimento delas, cabe notar com o tempo se faz necessário o uso sem interrupções ou não. Alguns aquaristas usam com sucesso interruptamente sem maiores problemas, outros preferem usá-los quando se inicia o surto de algas, estendendo assim a vida útil da lâmpada UV.
PH: Muito pouco mencionado, o pH atinge diretamente no controle de algas. O pH levemente ácido beirando a neutro beneficia tanto algas, como plantas, com vantagem para o segundo. Se obtermos um pH alcalino (acima de 7.8 ), as plantas tem mais dificuldades de realizar a fotossíntese, enquanto as algas não apresentam este problema e acabam tendo o crescimento mais elevado. Um detalhe importante a se mencionar é que durante a fotossíntese, há um aumento gradativo de pH devido o consumo de CO2 por parte das plantas e algas, mas este detalhe não requer muita preocupação já que estas oscilações são poucas e muitas vezes não interferem na saúde dos peixes. Portanto, caso monte um tanque plantado, opte por manter o pH ligeiramente ácido, em geral boa parte das plantas crescem com pH entre 6.0 a 7.2, não esquecendo de obter também peixes compatíveis nesta faixa de pH.
Dureza da água: Outro item muito pouco mencionado, a dureza da água é extremamente importante, já que a grande maioria das plantas possuem um ótimo crescimento em água de dureza baixa ou média-baixa, que em águas duras. Portanto a tríplice pH X GH X DH estão intimamente ligados.
Quarentena: Se quarentenamos nossos peixes para evitar futuros focos de doenças no tanque, porque não quarentenar plantas e evitar dores de cabeças futuras ? Não é porque se trata de “matinhos”, que não devemos nos preocupar, o surgimento daquela alga que nunca teve pode vir daí... como diria sua esperta mãe: Uma grama de prevenção, vale um quilo de cura.
Antes de inserir plantas em seu tanque, mergulhe as novas plantas em um balde com permanganato de potássio (proporção de 1g/L) por 10 minutos e logo após lave em água de torneira (clorada) e mergulhe novamente por mais 10 minutos. Após o término, lave bem novamente em água desclorada (use outro balde para isso) e deixe em descanso por mais 10 minutos. Pronto! São 30 minutos que lhe poupou futuras horas de manutenção controlando algas!
Atente apenas a saúde da planta nova que adquiriu, se notar que ela está “fraca”, faça apenas um inserção por 5 minutos e lave muito bem em água corrente logo após, será o suficiente para evitar seu sucumbimento, apenas retardando seu crescimento futuramente.
Carvão ativado, bom ou ruim ?
Afinal, carvão ativado remove elementos traços tão importantes para o desenvolvimento das plantas, devo usá-lo ou não?
Sempre há esta dúvida com relação ao uso do carvão ativado em plantados. Posso afirmar que sim, ele retira alguns elementos essências as plantas, mas existem diversos fatores para tal eliminação. Para remover determinado elemento em particular, inclui diversos fatores influenciais, como pH da água, concentração do elemento, do estado em que se encontra, temperatura. entre outros. O pH variando entre 5 a 9, o carvão não absolverá muitos elementos, mas este fator requer estudos mais detalhado para correta afirmação, de quais traços são retirados ou não.
Abaixo alguns elementos e a real eficiência do carvão ativado para determinado agente: (*)
- Eficiência Alta: Antimônio, Arsênico, Bismuto, Branqueadores, Cloraminas, Cloretos, Cloro, Cromo, Corantes, Ouro, Peróxido de Hidrogênio, Inseticidas, Monocloramina, Odores, Pesticidas, Fenóis, Tanino, Tri-halometanos, Compostos orgânicos (aromáticos, éteres, cetonas, glicóis, halogenados, esteres, aldeídos, aminas), Gases em geral.
- Eficiência Média: Ácido Acético, Cobalto, Detergentes, Sulfeto de Hidrogênio, Mercúrio, Ozônio, Permanganato de Potássio, Prata, Sabão, Solventes, Vinagre, Zircônio.
- Eficiência Fraca: Cobre (complexos), Ferro (Fe3+), Chumbo, Níquel, Titânio, Vanádio.
- Eficiência Baixa ou nenhuma: Amônia, Bário, Berilo, Cádmio, Dióxido de Carbono, Cobre, Ferro (Fe2+), Manganês, Molibdênio, Nitratos, Selênio, Tungstênio, Zinco.
* A indicação acima se refere a dados coletados do artigo publicado originalmente em 1995 pela Revista Aquarium americana.
Em geral o uso do carvão ativado em aquários plantados é descartado, ficando a sua real necessidade de uso, de acordo com seu tanque. Ainda existe o velho mito que carvão ativado caro é o melhor, e que todo carvão ativado é a mesma coisa. São duas afirmações falsas, portanto, ao adquirir, opte por marcas confiáveis e sempre ouça/leia relatos de experiências baseada no uso de tal marca. O que posso afirmar é que muitos aquaristas não usam carvão ativado em plantados.
Conclusões finais:
O foco principal de aquários plantados, não é a exigência causada pelos inúmeros fatores ao longo de sua montagem e sim a transmissão de paz que ele nos proporciona, após horas e horas de dedicação a estas preciosidades. Não existe nada melhor em ver plantas “bombando” e “peixes coloridos” em horas extremamente relaxantes.
Note que existe aquário com plantas e plantados. Se notou a diferença entre um e outro ao longo do texto, parabéns! Captou oque realmente é um aquário plantado e como definir sua montagem.
O aquarista mais fanático sempre buscará o aperfeiçoamento de suas obras ao longo do tempo, onde cada vez mais surgirão verdadeiras obras de arte e talvez novos conceitos e descobrimentos, enriquecendo ainda mais este estilo. Portanto, cautela e bom senso deverão prevalecer caso inicie a montagem de um plantado, e mais ainda, seja paciente, que os resultados são alcançados no tempo certo. Boa sorte!
Ah! Um aquário plantado! Quem não admira estas verdadeiras obras de arte?
O aquário plantado, hoje em dia, é moda entre grande parte dos aquaristas devido à beleza e paz transmitida. Aquários plantados são tanques que se enquadram com equipamentos e parâmetros físico-químicos para o desenvolvimento das plantas, mas nada impede de mantermos em harmonia espécies de peixes e plantas, desde que compatíveis.
Para isso devemos desmistificar alguns conceitos, que sempre são seguidos até atingir seu ápice e muitas vezes melhorados. Para se ter um belo tanque plantado, não basta inserir plantas no tanque e depois ficar se perguntando o porque não se desenvolvem ou trocando a cada vez que elas morrem. Devemos seguir algumas regras para o sucesso a qual vamos esclarecer de modo simples e objetivo neste artigo.
Notem que ao longo do artigo, existe uma enorme diferença entre aquário plantado e "aquário com plantas".
Escolhendo o aquário:
Tamanho não é documento!
Existe uma infinidade de tamanhos de tanques a escolher, para a montagem de um aquário plantado. Lembrando sempre que pequenos tanques (os famosos "Nanos") são mais instáveis e difíceis de serem mantidos que tanques maiores. O tamanho do tanque muitas vezes depende da disponibilidade financeira e o espaço que temos em casa. Em geral entre 50L a 200L já permite uma boa montagem sem gastos financeiramente maiores, mas claro que quanto maior o tanque, melhor.
Existem inúmeros tamanhos e formas, sendo os mais indicados aquários retangulares (mais compridos que altos) ou cubos (aquários quadrados). Sempre opte por aquários não muito alto (no máximo 50cm de altura), já que freqüentemente se usa lâmpada fluorescente tubular, podendo as plantas, mais baixas sentir falta de luz, caso o aquário seja muito alto. Se desejar um aquário acima de 50cm de altura, é altamente indicado usar lâmpadas VHO ou HQI que suprirão a necessidade luminosa de seu tanque.
Recomendado o uso de um bom termostato, para manter a temperatura estável, em geral a regra é usar 1W/L, ou seja, se tens um tanque de 200L, um bom termostato de 200W dará conta do recado. Oscilações acima de 2ºC diário, prejudica as plantas interferindo em seu metabolismo (peixes idem).
A água:
99% dos aquaristas usam água de torneira, devemos nos precaver de alguns cuidados básicos como Cloro, Metais pesados, Fosfatos. Use sempre um bom condicionador de água (ex. Aquasafe), para eliminar tais substâncias.
Notem que a água usada em aquários plantados não é diferente de aquários comunitários sem plantas, não há nada em geral para abordar mais detalhadamente. Em geral plantas vivem bem em pH levemente ácido ou levemente alcalino (6.5 a 7.5) com dureza baixa ou média e temperaturas entre 25º a 29º. É indispensável o uso de condicionadores, além de ser sempre bom ter em mãos testes de pH, KH, GH e fosfatos.
Filtros:
De primeira: Se você usa o famoso FBF (fundo biológico de fundo, sim aquelas plaquetas pretas que ficam abaixo do cascalho), descarte o uso deste tipo de filtro, pois aquários com este sistema prejudica o crescimento das raízes e nos limita e muito no uso de substratos fertilizantes para as plantas.
As melhores opções são os filtros externos HangOn(aqueles que ficam pendurado nas bordas do vidro) e filtros tipo Canister. Os primeiros levam vantagem por não custarem tanto e cumprem bem seu papel, já o Canister são os mais indicados, por inúmeros ótimos motivos, embora dependendo da marca, o preço poderá ser proibitivo.
Filtros Dry-Wet e Sumps devem ser evitados, por removerem muito CO2 da água conforme vamos ver logo abaixo. O dimensionamento da filtragem é que ela deva circular em média 5X o volume total do aquário por hora.
Sempre que optar por filtros externos, evite que este cause um forte fluxo de água no aquário causando desperdício de CO2, que é essencial para as plantas. Sempre deixe a coluna d' água bem rente à caída da água dos filtros. Deverá possuir uma excelente filtagem biológica e mecânica (leia artigo sobre filtros para melhor compreenssão).
Iluminação, CO2 e fertilizantes:
Antes de abordarmos os tópicos abaixo, tenha sempre em mente que um aquário plantado, tem como base três elementos essenciais: Iluminação; CO2; Fertilização. Funciona como uma pirâmide, na falta de um destes três elementos vitais, podemos não ter sucesso.
Iluminação: O fator determinante para o sucesso de um aquário plantado.
Em geral usa-se a "velha" regra de 0.5W/L a 1W/L, variando a exigência das plantas escolhidas. Um período de 10-12 horas diárias é mais que o suficiente para o bom desenvolvimento das plantas, sempre use um timmer para tal controle.
As instalações das lâmpadas podem ser feitas dentro da própria tampa de madeira, calhas ou suspensas acima do aquário. As lâmpadas mais usadas certamente são as fluorescente tubular luz do dia 6500K (luz branca), 10000K (luz branca de alto brilho) e lâmpadas próprias para plantados como a Grolux (Sylvania - tom rosado), Aquastar (Sylvania - 10000K), Thrichromatic (Coralife - 6500K), Aqua-glo (Hagen - 18000K - tom rosado), Power-glo (Hagen - 18000K tom azulado). Há ainda as opções das HQI e VHO que suprem bem a necessidade luminosa das plantas. Vantagem para as HQI e em segundo plano a VHO, embora as comuns tubulares fluorescentes ou PL (aquelas compactas) também são opções viáveis. Não use lâmpadas incandescente, será apenas "enfeite", lhe causará dor de cabeça com algas, além de esteticamente ser horrível!
Podemos usar um misto destas lâmpadas para efeito estético e de acordo com a exigência das plantas, ou seja, variando luz do dia com lâmpadas rosadas ou ainda HQI ou VHO com algumas PL ou tubulares, dependendo da necessidade de seu aquário.
A Luz rosada são as mais indicadas para o crescimento vertical das plantas e dão um contraste muito bonito na coloração dos peixes e plantas, destacando as cores quentes dos peixes.
A luz branca (6500K - 10000K) ajuda no desenvolvimento das plantas e dá um brilho maior no aquário, muitas vezes são usadas juntamente com lâmpadas rosadas para quebrar o aspecto "vermelho", que estas lâmpadas causam, parecendo mais uma boate, que nem sempre é apreciado esteticamente pelos aquaristas
A luz azul ou Actínicas, apesar de não influenciar diretamente no desenvolvimento das plantas como as lâmpadas citadas acima, dão um colorido especial em aquários plantados, principalmente na coloração dos peixes, em geral ajudam no desenvolvimento de plantas menos exigentes.
HQI, embora seu preço no Brasil ainda elevado, são ótimas para plantados. É muito usada em aquário marinho de corais e podem ser usadas em aquários plantados, sem maiores problemas. Procure sempre HQI que possua 6.500k para cima. O alto investimento inicial acaba valendo a médio prazo, já que se recomenda trocar este tipo de lâmpadas após um ano e meio ou pouco mais, ao contrários das tubulares ou PL que devem ser trocadas a cada 6 meses a 1 ano.
Nota-se que existem inúmeras lâmpadas que podem ser usadas, variando desde as baratas lâmpadas “luz do dia”, até as mais caras e sofisticadas Grolux / Aqua-glo / VHO-HQI, o que irá determinar é o nível de exigência de sua flora. (veja em plantas logo abaixo).
O que devemos fazer é mesclar as lâmpadas, no sentido de homogeneizar diferentes faixas de espectro luminoso. Luz rosada faz a planta crescer na vertical, luz branca (6.500k - 10.000k) servirá de apoio, além de dar um brilho maior e lâmpadas azuladas (50/50) fazem as plantas crescerem transversalmente.
Abaixo uma tabela para se ter uma base com relação aos Kelvins.
Nota: Não confundir Kelvins com lumens, Kelvin indica a temperatura de cor da lâmpada como podemos ver abaixo: Ou a luz é quente ou fria, mas não estamos referindo a maior ou menor quantidade de calor dissipado pela lâmpada, mas sim ao tom de cor que ele dá ao ambiente. Luz quente se refere ao tom mais avermelhado, em torno de 2700k. Já a luz fria se refere ao tom mais claro do amarelo ao branco, em torno de 7.000K ou mais. Enquanto o sol brilha, temos tonalidade fria, cor similar as lâmpadas entre 6.500k a 10.000k.
Sempre que possível, deixe o aquário sem as tampas de vidro, para melhor penetração da luz para plantas mais baixas, desde que não possua peixes saltadores/suicidas. Em geral é recomendado a troca das lâmpadas a cada 1 ano no máximo (exceto HQI e VHO), pois tendem a perder o rendimento após 6 meses de vida, embora permaneçam funcionando, sua luminosidade cai drasticamente após 6 meses de uso.
Quando optar pela troca, nunca troque todas de uma só vez! Siga um cronograma!
Se por exemplo possui 3 lâmpadas "luz do dia" e 3 Grolux, troque primeiro metade e após um ou dois meses, troque a outra metade. Ou ainda faça um rodízio a cada seis meses, trocando metade e no próximo semestre a outra metade e assim por diante. Se trocar todas de uma só vez, poderá ter sérios problemas com algas verdes.
Dica: Evite deixar seu tanque próximo a janelas ou onde há exposição em excesso à luz solar direta, para evitar algas verdes (água verde).
CO2: Fundamental no crescimento de plantas exigentes, se trata do básico para realizarem a fotossíntese. O CO2 é obtido através da respiração dos peixes, plantas, bactérias e injetores de CO2. Dependendo das plantas que possuir, seu aquário poderá ter uma quantidade natural suficiente para o desenvolvimento das plantas, não sendo necessário injetar CO2 na água. Já se suas plantas ficam estagnadas e não crescem, será necessário aumentar a quantidade de CO2 dissolvida no aquário artificialmente.
Mas como injetar?
O melhor a se fazer é investir em um bom injetor comercial (prepare seu bol$o), por ser mais confiável e sofisticado, mas se a situação financeira não ajuda, há a opção criativa e barata, o injetor de CO2 caseiro.
Basicamente este injetor caseiro nada mais é que a mistura de fermento biológico com açúcar, dissolvidos em uma garrafa plástica. A grosso modo, o fermento consome o açúcar e vai produzindo CO2, que é injetado no aquário através de um cano de escape ligado a pedra porosa ou difusor, liberando CO2 diretamente na água.
Sempre atente quando for injetar CO2 em seu aquário, ele tenderá a baixar (e muito) o pH de sua água, onde nem sempre o pH muito ácido, é bem vindo para determinadas plantas e principalmente peixes. Em geral se obtivermos um KH médio, com pH entre 6.0 a 7.6 (dependendo da exigência de seus peixes/plantas), será bem aceito para a maioria dos seres vivos de seu tanque. Caso tenha dúvidas sobre DH (dureza carbonatada), GH (dureza geral) e pH, lhe recomendo ler artigos que acerca sobre este assunto, para evitar dores de cabeça futuramente, pois o pH está ligado intimamente com o DH e GH.
Existem controvérsias sobre o uso do injetor de CO2 ao apagarmos as luzes, pois, as plantas não efetuam a aclamada fotossíntese neste período, dispersando muito CO2 na água, fazendo com que o pH despenque drasticamente, o que poderá virar uma catástrofe para os peixes, esta oscilação de pH.
O que indico neste caso, que é se termos o controle do uso do injetor e o aquário for de médio/grande porte, não devemos atentar tanto neste quesito. Se possuir aquários pequenos (abaixo de 100L), evite o uso do injetor durante a noite, pois estas oscilações poderão ser maiores, desequilibrando o sistema.
Lembre-se: O uso de CO2 não irá prejudicar seus peixes (desde que não injete em excesso). Pelo contrário do que se pensa, as plantas realizando a fotossíntese usam o CO2, expelindo O2, que será consumido pelos peixes, que em decorrência, liberarão CO2 novamente.
Fertilização: Nutrientes são de extrema importância para as plantas se desenvolverem eficazmente. Assim como qualquer ser vivo, plantas precisam de nutrientes para executar suas funções básicas. Os principais nutrientes absorvidos pelas plantas são: Ferro, Sulfato de Potássio, Cálcio, Cobre, Zinco, Boro, Molibdenio, Nitrato de potássio, Magnésio, entre outros.
Se resumem em três letras que já deve ter visto por aí: NPK (N= Nitrogênio, P= Fósforo, K= Potássio). São simplesmente elementos que toda e qualquer planta necessita em maior quantidade para sua sobrevivência. Mas espere! Não vá pensando em ir a floricultura mais próxima e comprar estes elementos adicionando em seu tanque! Dosagens elevadas entre outros fatores, intoxica peixes e plantas! Cuidado!
A ração e os dejetos dos peixes fornecem tais nutrientes na forma de amônia, nitratos e fosfatos. Outro ponto positivo para ter plantas sem seu aquário e largar de vez suas artificiais, pois plantas ajudam na “limpeza” da água se alimentando deste elementos (nitrato, amônia e fosfato) que em excesso intoxica a água sendo uma boa porta de entrada para algas. Tais elementos ainda podem ser adicionados caso haja necessidade, mas nunca use fertilizantes para plantas comuns, pois sua dosagem é bem mais elevada. Boa parte das plantas preferem amônia e outras usam o final do ciclo do nitrogênio (nitrato) para seu consumo, sendo que a amônia requer menos energia em seu consumo e o nitrato maior gasto.ementos traços ou micro-nutrientes (oligoelementos):
São elementos também usados pelas plantas, mas em quantidades bem inferiores. Aqui se enquadra o estudo de sua parte o porque de sua planta favorita não se desenvolve. Algumas exigem nutrientes X e Y a mais, que aquela planta que está te deixando louco de tanto ter que podá-la. Entre os principais elementos traços estão o enxofre, cálcio, fósforo, magnésio, ferro e boro.
Normalmente o enxofre, cálcio e magnésio se encontram na água de torneira e variando de região para região, em níveis mais elevados ou menores. Água com baixa dureza (< 4) geralmente apresenta carência de tais elementos.
Quantidade de fósforos se baseia em níveis de fosfatos e seu nível nunca deverá ser superior a 2ppm. Baseia-se ainda que se teu nível de nitrato esteja correto, o de fosfato também o estará adequado.
Já o ferro também geralmente vem na água de torneira, mas em estado iônico, oxidando rapidamente e não sendo aproveitado pelas plantas. Para tanto, usa- se a famosa plinita (laterita) ou adição líquida deste elemento sendo que seu nível deverá ser sempre inferior a 2ppm.
Outros micros nutrientes também são usados pelas plantas, onde geralmente estão inclusos parcialmente nas rações, que fornecemos aos peixes, ou mesmo através de adição específica de tal elemento. Apenas atente que são necessários em quantidades muito pequenas e qualquer excesso é uma brecha para o surgimento de algas ou até mesma intoxicação de plantas e peixes, portanto, nunca exceda no uso pensando que sua planta vai "bombar" rapidamente.fruir todos elementos traços sem desestabilizar o aquário?
Existem duas formas: Através de adição de fertilizante líquido ou a melhor das formas, ter um substrato rico em nutrientes. O primeiro como o nome sugere, é um líquido composto por inúmeros elementos traços, que deve ser adicionado diretamente na água, periodicamente. Já o substrato fértil também é composto de tais elementos através do uso de substratos comerciais, húmus de minhoca ou terra vegetal. Muito cuidado na qualidade e procedência da terra vegetal ou húmus.
Montando o substrato fértil:
Existem dois métodos, o primeiro menos trabalhoso e mais caro, seria usar substratos comerciais (Eco Planted e afins). Estes apesar do valor elevado compensam a médio/longo prazo o alto investimento inicial. Basta apenas adicionar o substrato, encher o tanque e plantar. Se preferir ainda, poderá usar uma leve camada isolante de cascalho fino ou areia por cima.
Outro método financeiramente mais viável, porém, mais trabalhoso, seria o uso do já famoso Húmus de minhoca em parceria com a Laterita (plinita). O húmus possui uma alta carga biológica e material orgânico, é rico em macroelementos como Nitrogênio, Fósforo, Potássio, Cálcio, Magnésio, Ferro, Manganês, Zinco e Cobre. Já a laterita possui uma excelente carga de Ferro e Alumínio, muito apreciado pelas plantas.
Mas antes de inserir o Húmus, você deverá tratá-lo para retirar impurezas que poderão lhe causar transtornos futuramente, podendo até condenar a montagem do tanque (veja como tratar Húmus em outros artigos) e sempre use Húmus de marcas confiáveis. Em geral, 2Kg de Húmus e 1 Kg de Laterita para cada 50L já é o suficiente.
Inserido o Húmus e Laterita, é hora de isolá-los com cascalho fino ou areia. Este isolamento deverá ser alto, entre 6cm a 10cm, para evitar uma possível dispersão dos nutrientes na coluna d' água. Excesso de nutrientes na água causará o surgimento das indesejáveis algas, pois as plantas não irão consumir tudo, sobrando para as algas que irão se proliferar assustadoramente, alem de poder turvar a água, a deixando com aspecto negativo.
Estilos de plantados e layouts:
Gosto não se discute! O aquário é a cara do dono! Portanto de nada adianta definirmos o layout e seguir todas suas regras, se não estamos satisfeitos com o resultado final, portanto, se o aquário lhe agrada, não se importe com críticas negativas. Se o layout o atrai, esqueça opiniões alheias. Críticas construtivas sempre serão bem vindas, negativas sem sentido, ignore!
E tenha sempre em mente: De nada adianta definirmos artisticamente o layout e seguir todas suas regras, se plantas não forem saudáveis ou ter algas espalhadas pelo aquário, ocasionando uma visão negativa da obra, ou os peixes estarem com a saúde precária. Todos este conjunto de fatores conta mais até mesmo que a "beleza" de seu layout.
Entende-se por layout ou estilo/tipo da montagem do aquário, a forma que este é montado com a colocação de plantas, troncos, pedras e enfeites. Cada estilo possui suas regras e particularidades. Abaixo, os estilos mais empregados, entenda-se composição básica de layouts e não dicas de paisagismo:
Aquário Holandês: São denominados Holandeses (sim, foram eles que definiram este estilo), aquários que tem ênfase principalmente nas plantas, deixando os peixes em segundo plano. Usa-se muitas plantas (densamente plantado) para compor o layout. Neste estilo, planta-se uma vez e lá permanecerão por muito tempo. A medida que as plantas vão crescendo vão aumentando a frente do aquário para o fundo, onde efetuam podas, deixando no melhor estilo dos jardins holandeses. Normalmente em suas montagens, plantas semelhantes no formato e coloração nunca são plantadas próximas uma das outras. Como dito, a inspiração deste tipo de montagem vem dos jardins holandeses e suas inúmeras cores de plantas.
Nature: Este estilo é mais "difícil" de se montar, devido seus espectadores focalizarem muitos aspectos diferentes da natureza. Em geral as técnicas empregadas neste estilo é deixar o layout no estado mais natural possível, usando a própria natureza como fonte de inspiração. A montagem deste estilo se baseia em muitas plantas, com troncos e pedras na decoração. Notem que geralmente nunca se vê o substrato nestas montagens, onde este é composto por longo e bonito carpete de plantas baixas. Usa-se muitas técnicas de madeiragismo e pedragismo na composição deste estilo. Takashi Amano é o maior mestre neste estilo.
Triangulares: Não, não entenda que o formato do vidro é triangular!
Triangular é o estilo de como é feito a montagem com as plantas dentro do aquário. Focalizando o meio do aquário, coloca-se plantas baixas a esquerda ou direita em uma metade. Na outra metade vai acrescentando plantas baixas e aumentando-as gradativamente até se formar um layout em forma de triangulo. Imagine um esquadro de 45º ou 60º.
Formato U: Planta-se densamente as laterais do aquário (esquerda e direita) deixando a região ao centro vazio (nunca exatamente no centro). Este formato reproduz uma trilha ou meio do rio com a cada margem a seu lado. Elementos decorativos como troncos e pedras também se encontram nas duas laterais.
Formato Ilha: Entende-se ilha porque somente plantamos no centro do aquário, deixando as laterais livres ou com plantas rasteira. Usa-se muito troncos e pedras no centro do aquário virando o foco principal da montagem, e a sua volta muitas plantas, passando a impressão de uma ilha.
Temático/Biótipo: Apesar de empregado erroneamente como biótipo. Aquários temáticos nada mais é do que a montagem baseado em uma determinada região ou mesmo um pequeno trecho de um rio ou lago, obedecendo fielmente a flora, fauna, decoração e condições físico-químicas da água da região escolhida. Ex. Temático Amazônico, Temático Rio Negro, Mangue, etc.
Dica: Ouve-se muito falar em hardscaping e sofscaping.
Hardscaping: Todo material “não vivo” dentro do tanque como troncos, pedras, substrato.
Softscaping: Todo material vivo dentro do tanque como corais, peixes, plantas.
Troncos e pedras em aquários:
Nada como escolher bons troncos e pedras para serem usados em tanques plantados. Muitos formatos, cada um com sua particularidade. Pedragismo e madeiragismo são muito usados em aquários nature ou mesmo em tanques plantados sem um estilo definido. Mas que tipo de tronco e pedra usar? Qual o melhor?
Em geral, há inúmeros tipos de madeiras a serem usadas, sendo o mais indicado o troncos de aroeira, por não apodrecer rapidamente em contato com a água e por ter geralmente uma densidade ideal para afundar. Podemos adquirir belos troncos em lojas de aquarismo ou mesmo coletarmos os nossos. Este segundo caso requer um pouco mais de observação, não é qualquer tronco de madeira que poderemos inserir em nossos tanques, alguns podem vir a liberar toxinas que em contato com a água, poderá gerar problemas.
Caso opte em coletar seu tronco, note se ele apresenta um aspecto bem sólido, confiável e que não esteja se dissolvendo (decomposição) e antes de inseri-lo no aquário, trate-o em água corrente e aquecimento/fervura (nunca use produtos químicos!) para evitar transtornos futuros.
Lembre-se que troncos em geral tendem a acidificar a água e liberará ácidos húmicos na água, deixando a água levemente cor de chá, onde nem sempre será muito apreciado pelos aquaristas esteticamente. Peixes Amazônicos (Discos, Apistogrammas, etc) apreciam e muito este tipo de água.
Pedras também deverão ser bem escolhidas, para não alterarem a química da água, algumas tendem a alcalinizar e endurecer a água e nunca acidifica-la como sugere alguns aquaristas, ou seja, ou são neutras ou tendem a alcalinidade.
As pedras mais comuns que tendem a tal alcalinidade: Calcáreas (ex. mármore), Dolomita, Basalto, Halimeda, Conchas, etc.
Levando em consideração que grande maioria de peixes compatíveis com plantas tende a serem de água ácida, evite o uso de pedras que alteram o pH e dureza da água, opte por pedras neutras. Ainda com relação ao Pedragismo e madeiragismo, recomendo a observar montagens e suas colocações, e claro, ler sobre paisagismo.
Olhe e estude muitas fotos de aquários plantados profissionais e repare na colocação dos troncos e plantas.
Plantas:
Executado todo o processo de montagem do tanque, é hora de plantar!
Inicialmente é altamente recomendado plantar tudo que possuir, quanto mais plantas inicialmente (principalmente plantas de crescimento rápido), melhor ficará, menos propício a perde-las e poderá de quebra evitar o surgimento das indesejáveis algas. Inevitavelmente, de início sempre há o surgimento de algas e tendo muitas plantas para consumir nutrientes e rivalizar com as temidas algas, fica mais fácil o controle. É um tremendo erro montar o tanque “pelado” e ir plantando aos poucos.
Mas antes de ir inserindo inúmeras plantas por todo o aquário, é preciso conhecer ao menos suas exigências e disposição de crescimento. Em geral plantas baixas devem ser inseridas na frente, medianas no centro ou laterais e plantas altas atrás.
Algumas poucas sugestões de plantas conforme seu crescimento e zona:
- Plantas de frente: Echinodorus tenellus, Eleocharis minima, Glossostigma elatinoides, Hemianthus callitrichoides, Lilaeopsis brasiliensis, Riccia fluitans, Sagittaria subulata.
- Plantas de meio: Aponogeton crispus, Bacopa caroliniana, Didiplis diandra, Echinodorus sp., Hygrophlla sp., Ludwigia em geral, Rotala em geral.
- Plantas de fundo: Cabomba sp., Eusteralis stellata, Hygrophila sp., Rotala em geral, Vallinesria spiralis.
- Superfície: Lemna minor, Pistia stratiotes, Salvinia cucullata, Eichhornia crassipes.
Como sempre mencionado ao longo do texto, algumas plantas são mais exigentes que outras em diversos quesitos. Em inúmeras vezes sofre baixas pela falta ou excesso de nutrientes, condições de água inadequada a determinada espécie. Raramente adoecem por doenças causadas por vírus, bactérias e afins. Como podem notar, existem princípios básicos a serem adotados para o bom desenvolvimento delas. Algumas causas mais comuns encontradas para o não desenvolvimento (Sim, porque elas também ficam doentes!):
- Excesso de Fe: Plantas com pintas pretas em excesso em suas folhas.
- Falta de Fe: Planta não se desenvolve, folhas com aparência fraca e sem vida.
- Falta de iluminação: Plantas com crescimento apenas na horizontal, raramente na vertical, folhas muito longe entre uma e outra.
- Falta de CO2: Planta não adoece e nem se desenvolve.
- Desequilibro biológico: Plantas sem aspecto bonito, cores opacas, desenvolvimento lento.
- Folhas furadas: Peixes a agredindo ou caramujos.
Definindo a fauna do plantado:
Nunca superpovoe um plantado! Só trará malefícios!
Peixes e plantas podem viver juntos sem problemas, desde que haja compatibilidade entre ambos. Existem inúmeras opções, ficando a critério e gosto de cada aquarista, porem algumas noções básicas são bem vindas, como evitar povoá-lo com peixes estritamente herbívoros ou peixes que freqüentemente bagunça ou revira o substrato (ex. Oscar, Kinguio e Carpa).
Existem peixes como Bandeiras e Discos, por exemplo, que tem como alimentação a base vegetal e animal, uma boa alimentação balanceada de ambos, fará que eles não devorem suas plantas.
Em geral opte por peixes cardumeiros de pequeno porte como os pequenos Caracídeos, ou mesmo peixes de pequeno/médio porte como os Ciclídeos Americanos ou Asiáticos (existem inúmeras espécies compatíveis).
Algumas várias opções viáveis: Apistogrammas em geral, Brachygobius xanthozona, Pterophyllum scalare, Symphysodon sp., Dermogenys pusillus, Betta splendens, Gasteropelecus sternicla, Bótias, Acanthophthalmus kuhlli, Copella nattereri, Hyphessobrycon amandae, Labeos, Hyphessobrycon eques, Hemigrammus rhodostomus, Hyphessobrycon erythrostigma, Trichogaster trichopterus, Nannostomus trifasciatus. , diversos exemplares da família Melanotaeniidae (ex. famosos peixes Arco-Iris/Melano), Barbos em geral, Colisas, Coridoras, Killies, Rásboras, Neons, Tetras em geral.
Muitos usam obrigatóriamente em suas montagens Ciclídeos Anões como: Apistogrammas (Ex. Cacatuoides, Borelli, Pulchra), Laetacara curviceps, Pelvicachromis pulcher, Microgeophagus altispinosa, Microgeophagus ramirezi, Dicrossus filamentosus, etc. Ou mesmo um belo cardume de Rodostomus, Neons ou outros pequenos caracídeos, são peixes quase obrigatórios em plantados.
Dica: Em aquários plantados é muito comum o uso de Algae Eaters (peixes comedores de algas), Limpa-vidro e Cascudos, em geral desempenham um bom trabalho ajudando no combate a algas, mas não fazem milagres!
Alguns bons algueiros, cada um com sua particularidade: Ancistrus sp., Gyrinocheilus aymonieri, Crossocheilus siamensis, Epalzeorhynchus bicolor, Otocinclus sp., Poecilia latipinna, Epalzorhynchus kalopterus, Crosscheilus latius.
Ampulárias em geral, tambêm dão uma força no combate a algas
Algas:
Quem nunca teve algas em seu plantado, que atire a primeira pedra!
É inevitável o surgimento de algas em montagens de aquários plantados, principalmente inicialmente a montagem do tanque, por mais cuidados que se tenha.
Algas são terríveis quando não controlado seu crescimento, onde muitas vezes elas passam a ser o verdadeiro terror de nossos plantados, sufocando plantas, impedindo a penetração de luz, etc.
Para controlá-las, devemos primeiramente saber o fator para o surgimento e tomar providencias no sentido de erradicar o mal pela raiz. Abaixo alguns tipos de algas mais comuns:
- Algas Verdes: Estão entre as mais comuns em plantados. Unicelulares, se reproduzem de uma forma tão rápida podendo deixar a água com aspecto verde. Seu aparecimento pode ser causado por excesso de luz ou quando o tanque fica exposto a luz solar. Filtros UV, trocas parciais e o uso de help filters ajudam no controle. Este tipo de água é muito usado no cultivo de dáfnias outros micro-vermes.
- Algas Filamentosas: Geralmente se fixam em plantas podendo chegar a ponto de mata-las sufocadas. Sua aparência é similar a um monte de “pelos verdes” sobre o local atingido. Quando fixadas em pedras e troncos, podem dar um contraste ornamental interessante, desde que saiba controlá-las. Excesso de Fe na coluna d´água poderá ser um dos indicadores pelo seu surgimento. Trocas parciais freqüentes, diminuir a iluminação e podas das folhas atingidas são bem vindos ao controle.
- Algas marrons / rodófitas: Também estão entre as mais comuns, principalmente em montagens novas. São pontos marrons ou ferrugem, se espalham por todo o tanque (plantas, decoração, substrato, vidro) devido a insuficiência de luz. Aumentar a iluminação, bem como peixes algueiros ajudam na eliminação. Em tanques novos costumam aparecer devido ao alto número de silicatos, que são eliminados com o tempo através de trocas parciais.
- Algas azuis / cianobactérias: Crescem em camadas e se espalham rapidamente por todo o tanque formando camadas gordurosas azul/verdes, causando um mau cheiro intenso. Em geral, indica má qualidade da água ou índices de nitrato muito baixo. Estas algas na verdade se tratam de cianobactérias. Poderão ser manualmente removidas aliado a trocas parciais freqüentes em longo prazo, comedores de algas ajudam no trabalho. De nada adiantará se tentar remove-las, se teu tanque não estiver com a saúde em dia. Alguns aquaristas usam medicamentos para sua eliminação, mas este deverá ser usado com cautela.
- Green Spot / Pontos verdes: Normalmente crescem pontos com coloração verde nos vidros (ou mesmo em plantas) em forma circular (pequenos pontos). Em geral indicam que seu tanque poderá estar com boa saúde. Remoção manual é o mais indicado.
- Algas algodão: Normalmente crescem nas folhas em formato de pequenos fios. Controlado facilmente através de peixes algueiros.
- Algas petecas: Em geral crescem sobre as folhas/troncos em formato de tufos negros/verdes. São talvez os tipos de algas entre as mais temidas, devido a sua remoção ser trabalhosa. Deve-se remover as folhas afetadas e efetuar o controle através de trocas parciais e raspagens manual. Uma medida das mais drásticas seria obter a eliminação destas através da inserção de cobre ou água oxigenada.
Notem que existem inúmeros tipos de algas e muitas vezes suas causas são por descuido do aquarista ou mesmo alguns tipos se torna inevitável o surgimento. Existe uma máxima que sempre deverá ser lembrada: “Um grama de prevenção, vale um kilo de cura”. Portanto seguindo algumas regras básicas, dificilmente terá problemas com as indesejáveis algas. Algumas dicas:
Meios comum de controle (algas):
Trocas parciais regulares: Mudanças regulares de água resulta na redução de nutrientes necessitados pelas algas, além de manter o tanque em condições superiores assegurando que seus peixes e plantas possuem água limpa. É talvez o maior aliado do aquarista no controle de algas. Apenas atente a sua água de torneira que poderá vir com excesso de algum elemento onde deverá ser contido antes de entrar em nossos tanques (ex. níveis alto de fosfato/nitrato).
Redução no período de iluminação: O famoso “apagão”. Tentativas de diminuir o período fotossintético é um bom aliado no controle e eliminação de algas. Em geral entre 8-10h é o ideal para deixarmos a iluminação ligada. Em épocas de “apagão” este período deverá ser diminuído gradativamente entre 4-6 horas até que a tendência melhore ou mesmo deixar as luzes do tanque apagadas por 48h apenas tomando cuidado para os peixes não ficarem totalmente no escuro, pois associam o apagar das luzes como "hora de dormir", neste caso use a iluminação externa do próprio ambiente onde se encontra o aquário durante o período de "apagão".
Plantas: Plantas consideradas de crescimento rápido ajudam na prevenção de algas, já que consomem bastante elementos vitais para a prosperarão de algas. Terá uma competição saudável entre plantas X algas pelo consumo dos nutrientes, onde estes tipos de plantas dão uma bela ajuda. Há a opção ainda de se usar um filtro externo composto por plantas que ajudam no controle dos nutrientes.
Redução alimentar: Reduza por determinado período a alimentação de seus peixe pela metade e sempre forneça rações de excelente qualidade, evitando assim problemas com altos níveis de fosfatos.
Peixes comedores de algas: Use peixes considerados comedores de algas (algae eaters) como Cascudos, Ottos, CAC e CAS. Dão uma boa ajuda se alimentando de determinadas algas, onde você deverá atentar apenas as suas preferências com determinadas algas.
Química: Amado por alguns, temido e banido por outros. O uso de química no controle de algas dá uma bela discussão que no final pendura a dúvida de iniciantes: Usar ou não algicidas ?
Em meu ponto de vista pessoal, curto e grosso: Sim e não...
Algas como as verdes, filamentosas, marrons, entre outras não necessitam do uso de algicidas para seu controle devido ser simples as alternativas que possuímos no combate. Já algas mais "chatas" como as famosas Cianos ou Petecas, o uso moderado poderá ser um belo aliado. Mas já adianto que de nada adianta lotarmos nosso tanque de química para ajudar no controle, se a manutenção do tanque não está em dia. Alguns pouquíssimos algicidas vendidos (não perguntem marcas, procurem informações) são eficazes, já a grande maioria é dinheiro jogado fora, correndo o risco ainda de intoxicar suas plantas e peixes se não for usado com moderação (atente a sua composição, algumas delas poderá ser vital para peixes, principalmente peixes de fundo) e sempre siga a risca a bula.
Filtro UV: Excelente aliado, principalmente contra algas verdes em suspensão. Elimina eficazmente os póros de algas, além de ajudar na prevenção de algumas doenças, já que elimina alguns parasitas e bactérias se usado de forma estelerizante (fluxo de água baixo). Único inconveniente tange no uso excessivo, já que poderá oxidar alguns oligoelementos necessários as plantas, limitando seu crescimento. Em alguns casos, o uso direto não afeta diretamente o crescimento delas, cabe notar com o tempo se faz necessário o uso sem interrupções ou não. Alguns aquaristas usam com sucesso interruptamente sem maiores problemas, outros preferem usá-los quando se inicia o surto de algas, estendendo assim a vida útil da lâmpada UV.
PH: Muito pouco mencionado, o pH atinge diretamente no controle de algas. O pH levemente ácido beirando a neutro beneficia tanto algas, como plantas, com vantagem para o segundo. Se obtermos um pH alcalino (acima de 7.8 ), as plantas tem mais dificuldades de realizar a fotossíntese, enquanto as algas não apresentam este problema e acabam tendo o crescimento mais elevado. Um detalhe importante a se mencionar é que durante a fotossíntese, há um aumento gradativo de pH devido o consumo de CO2 por parte das plantas e algas, mas este detalhe não requer muita preocupação já que estas oscilações são poucas e muitas vezes não interferem na saúde dos peixes. Portanto, caso monte um tanque plantado, opte por manter o pH ligeiramente ácido, em geral boa parte das plantas crescem com pH entre 6.0 a 7.2, não esquecendo de obter também peixes compatíveis nesta faixa de pH.
Dureza da água: Outro item muito pouco mencionado, a dureza da água é extremamente importante, já que a grande maioria das plantas possuem um ótimo crescimento em água de dureza baixa ou média-baixa, que em águas duras. Portanto a tríplice pH X GH X DH estão intimamente ligados.
Quarentena: Se quarentenamos nossos peixes para evitar futuros focos de doenças no tanque, porque não quarentenar plantas e evitar dores de cabeças futuras ? Não é porque se trata de “matinhos”, que não devemos nos preocupar, o surgimento daquela alga que nunca teve pode vir daí... como diria sua esperta mãe: Uma grama de prevenção, vale um quilo de cura.
Antes de inserir plantas em seu tanque, mergulhe as novas plantas em um balde com permanganato de potássio (proporção de 1g/L) por 10 minutos e logo após lave em água de torneira (clorada) e mergulhe novamente por mais 10 minutos. Após o término, lave bem novamente em água desclorada (use outro balde para isso) e deixe em descanso por mais 10 minutos. Pronto! São 30 minutos que lhe poupou futuras horas de manutenção controlando algas!
Atente apenas a saúde da planta nova que adquiriu, se notar que ela está “fraca”, faça apenas um inserção por 5 minutos e lave muito bem em água corrente logo após, será o suficiente para evitar seu sucumbimento, apenas retardando seu crescimento futuramente.
Carvão ativado, bom ou ruim ?
Afinal, carvão ativado remove elementos traços tão importantes para o desenvolvimento das plantas, devo usá-lo ou não?
Sempre há esta dúvida com relação ao uso do carvão ativado em plantados. Posso afirmar que sim, ele retira alguns elementos essências as plantas, mas existem diversos fatores para tal eliminação. Para remover determinado elemento em particular, inclui diversos fatores influenciais, como pH da água, concentração do elemento, do estado em que se encontra, temperatura. entre outros. O pH variando entre 5 a 9, o carvão não absolverá muitos elementos, mas este fator requer estudos mais detalhado para correta afirmação, de quais traços são retirados ou não.
Abaixo alguns elementos e a real eficiência do carvão ativado para determinado agente: (*)
- Eficiência Alta: Antimônio, Arsênico, Bismuto, Branqueadores, Cloraminas, Cloretos, Cloro, Cromo, Corantes, Ouro, Peróxido de Hidrogênio, Inseticidas, Monocloramina, Odores, Pesticidas, Fenóis, Tanino, Tri-halometanos, Compostos orgânicos (aromáticos, éteres, cetonas, glicóis, halogenados, esteres, aldeídos, aminas), Gases em geral.
- Eficiência Média: Ácido Acético, Cobalto, Detergentes, Sulfeto de Hidrogênio, Mercúrio, Ozônio, Permanganato de Potássio, Prata, Sabão, Solventes, Vinagre, Zircônio.
- Eficiência Fraca: Cobre (complexos), Ferro (Fe3+), Chumbo, Níquel, Titânio, Vanádio.
- Eficiência Baixa ou nenhuma: Amônia, Bário, Berilo, Cádmio, Dióxido de Carbono, Cobre, Ferro (Fe2+), Manganês, Molibdênio, Nitratos, Selênio, Tungstênio, Zinco.
* A indicação acima se refere a dados coletados do artigo publicado originalmente em 1995 pela Revista Aquarium americana.
Em geral o uso do carvão ativado em aquários plantados é descartado, ficando a sua real necessidade de uso, de acordo com seu tanque. Ainda existe o velho mito que carvão ativado caro é o melhor, e que todo carvão ativado é a mesma coisa. São duas afirmações falsas, portanto, ao adquirir, opte por marcas confiáveis e sempre ouça/leia relatos de experiências baseada no uso de tal marca. O que posso afirmar é que muitos aquaristas não usam carvão ativado em plantados.
Conclusões finais:
O foco principal de aquários plantados, não é a exigência causada pelos inúmeros fatores ao longo de sua montagem e sim a transmissão de paz que ele nos proporciona, após horas e horas de dedicação a estas preciosidades. Não existe nada melhor em ver plantas “bombando” e “peixes coloridos” em horas extremamente relaxantes.
Note que existe aquário com plantas e plantados. Se notou a diferença entre um e outro ao longo do texto, parabéns! Captou oque realmente é um aquário plantado e como definir sua montagem.
O aquarista mais fanático sempre buscará o aperfeiçoamento de suas obras ao longo do tempo, onde cada vez mais surgirão verdadeiras obras de arte e talvez novos conceitos e descobrimentos, enriquecendo ainda mais este estilo. Portanto, cautela e bom senso deverão prevalecer caso inicie a montagem de um plantado, e mais ainda, seja paciente, que os resultados são alcançados no tempo certo. Boa sorte!
Fonte: Vitoriareef
Mario Manzo- Coordenador
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Re: Matéria - Montando seu primeiro plantado de A a Z
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